Diversos fatores interferem no contexto e nas expectativas da nova safra 2022/2023, de acordo com a Consultoria TF Agroeconômica. Citando análise do engenheiro agrônomo Dr. Haroldo Tavares Elias, Epagri/Cepa, esses são os fatores que mexem no preço do cereal:
- O produtor enfrenta elevação significativa dos custos de produção, com destaque para os insumos que tiveram um aumento de cerca de 65% em relação a 20211;
- Os preços do produto milho tiveram uma retração significativa desde o início de 2022, em mais de 15%;
- A entrada da nova safra dos EUA opera como um fator limitante das altas dos preços internacionais do cereal; No entanto, alguns fatores estão orientando para uma retomada de alta das cotações até fim de 2022:
- O ritmo das exportações no acumulado até agosto está em mais de 18 milhões de toneladas (MT), deverá alcançar volume superior a 35 MT, bem superior aos 20 milhões de 2021 (Ministério da Economia, COMEX, Stat, 2022).
- A possível abertura do mercado chinês para o milho brasileiro deve manter o produto valorizado em 2023;
- Há uma demanda crescente da utilização do milho para produção de etanol no mercado interno;
- Após as últimas duas safras com estiagens que comprometeram a produção, se espera que as precipitações sejam mais regulares e favoráveis a uma safra normal.
- No relatório de setembro 2022, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reduz a estimativa da produção global de milho, de 1,179 bilhão de toneladas (BT), para 1,172 BT, principalmente em relação à safra dos EUA.
Fonte: Agrolink